Vídeo do Luringa pro FC

sábado, 12 de março de 2011

A ganhadora da promoção


A menina da foto é a Mariana Valverde ganhadora do promoção, que tem a chance de falar pro Luringa tudo o que ela sempre quis.

Luringa:
Achei nessa promoção, uma maneira de dizer tudo o que eu sinto. Tudo o que está entalado.. tudo o que eu precisava dizer pra minha maior inspiração.
Inspiração que me fez AMAR a fotografia. Fez eu perceber que eu podia ter um hobby.. e mais do que um hobby, isso um dia pode se tornar uma profissão.
Foi a partir de você, Luringa, que eu descobri que sou realmente boa em alguma coisa. A partir de você, comecei a pensar no meu futuro, na minha profissão. Quando chegasse a hora, o que eu iria fazer. Foi você que me proporcionou sonhos. Talvez os mais loucos. Mas loucura faz parte, né ?! E eu sei que com força de vontade, posso realiza-los. Obrigada por ter entrado na minha vida. Me dito mesmo sem palavras, tudo o que eu precisava ouvir. Obrigada, de coração, minha inspiração !

sábado, 5 de março de 2011

Matéria com o Luringa

Luringa

Lourenço Fabrino, ou mais conhecido como Luringa, o fotógrafo de bandas de rock. Já fotografou Fresno, NX Zero, Stike, Glória, Dead Fish, For Fun entre outras. Um geminiano que ama fotografar e detesta editar.
Em sua própria definição: “Luringa é um cara louco, que fala palavrão, adora pegar mulher, não tem o mínimo de vergonha na cara pra nada, sincero pra caralho e se fode muito por ser sincero”.
Lourenço é o alter ego do Luringa, um lado mais baixa estima, que não é muito bom com as palavras e que só aparece quando está dormindo ou em casa com a família. “Às vezes se encontram na mesma pessoa.”
Ao longo da entrevista se revela um marketeiro nato. Tem vários fãs-clube, seguidores, comunidades e que acha muito legal todo esse assedio “quero cada vez mais fazer o Luringa ser uma marca”.
É mineiro, vive em São Paulo e nunca teve pretensão como fotógrafo. A primeira foto que tirou foi quando tinha quatro anos e fotografou a tia, que era fotógrafa mas não trabalhava com isso, descendo a escada.
Começou a fotografar em 2004 e profissionalmente só em 2007. Em um dia estava com uma câmera e aproveitou para tirar fotos de um show que ficaram muito boas. Foi tirando mais e mais fotos, trocou de câmera e tornou-se uma grande referência no cenário musical.
Chegou a trabalhar fixo com nove bandas ao mesmo tempo, às vezes dava conflito porque não podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Trabalhou 4 anos e meio com a Fresno e quando pediram exclusividade resolveu sair e continuar com as outras bandas. “Foi meio uma estratégia de marketing, tudo o que construí em cima do nome foi em grande parte pela faculdade que fiz, Publicidade e Propaganda”.
Quando saiu da Fresno há cerca de 4 meses, acabou liberando mais tempo para fazer outros trabalhos, começou a fazer vídeos. Com apenas R$ 1 mil filmou o clipe mais barato a entrar no Top 10 da MTV, “Vai pagar caro por me conhecer” do Glória. Já no clipe da Fresno, “Eu sei”, o orçamento foi bem maior, cerca de R$ 20 mil e também foi parar entre os 10 mais da MTV.
Já teve uma vida dupla trabalhou no jornal Lance, site Ofuxico, mas o que gosta mesmo é de fotografar bandas. Inclusive, já teve banda até 2008 onde tocou guitarra, baixo e até cantou, mas não deram certo “queria mais fazer a publicidade da banda. Nunca fui um bom instrumentista.” Mas conta que às vezes brinca com os instrumentos das bandas. E a fotografia acaba sendo uma maneira de suprir a vontade de ser músico.
Desde que se entende por gente já sabia que queria algo relacionado com a música, seja tocando, como rodie. “Queria viajar, pegar um monte de mulher.” E revela: “Quando era criança queria ser cientista, só que tinha que estudar muito, e como nunca gostei de estudar em uma escola, resolvi fazer a faculdade mais fácil. A faculdade que todo louco faz é Publicidade e demorei oito anos para terminar”. Uma curiosidade é que Luringa foi expulso de todas as escolas em que estudou sempre com problemas de hierarquia.
A maior dificuldade de fotografar shows é a oscilação das luzes. “Quando você trabalha a mais tempo com uma banda fica mais fácil porque você já sabe o que vai acontecer no show, seguem o set list e você pega a manhã. E banda grande tem iluminador, o que facilita.”
Ser um fotógrafo já reconhecido não é uma tarefa fácil, já que alguns o procuram não só porque é um bom fotógrafo, “mas também porque conhece tal banda, gravadora, se por no site vai ter várias visualizações. Acaba sendo uma porta de entrada, tem gente que procura pelo nome que já é conhecido”.
“A minha paixão é fotografar show, ao ar livre, mais do que capa de CD, revista. O estúdio às vezes é mais cômodo, no calor de janeiro tem ar condicionado, o computador ali conectado. Mas o estúdio é muito limitado, fundo branco, cinza.” Revela que banda grande é melhor em estúdio porque tem mais postura, “banda nova às vezes trava porque sou eu que estou fotografando, sou amigos dos caras de outras bandas…”
Com um aproveitamento de 80%, é difícil escolher uma foto favorita, já são quase um milhão de imagens. Com os vídeos tem um próprio estilo, mas referências ajudam “assisto a muitos clipes, filmes dos melhores aos piores, vejo muita foto, Flicker de outras pessoas. Isso acaba dando um pouco de inspiração.” E ressalta “a grande inspiração vem de mim mesmo.”
Fala da importância do videoclipe “hoje em dia o clipe é a imagem da banda, leva ela para a mídia, senão não passa na MTV, no Multishow. É um material muito importante.”
Andando pelo parque do Ibirapuera em uma de suas habituais corridas de até 14 km, teve a ideia de fazer os workshops. “Quando ando penso muito, tive a idéia em 2009 para agregar mais nome e reconhecimento. Além de ser uma maneira de garantir a grana nos meses de janeiro e fevereiro que são péssimos para quem trabalha com música.” Pensou a principio em 14 turmas e fechou o ano com 17.
Houveram algumas mudanças nos workshops que eram realizados em dois dias e passaram a ser em um só. Uma banda é convidada para ser fotografada, o que resulta numa divulgação ainda maior. Tanto que no workshop com o Glória as turmas fecharam em menos de um mês e com o Tavares, da Fresno, em menos de 14 horas.
Quem freqüenta os workshops é um mesclado, tem gente que vai só para tirar foto com o Luringa, outros vão para conhecer a banda, ou mesmo tem gente que gosta mesmo de fotografia. “Pode aprender muito no WS, se conhece pode aprender mais. Vai desde o leigo até o intermediário.”
Diz para seus alunos “fotografia não existe regras, é uma arte, está certo, está errado, está sem foco, depende do efeito que você quer criar.” Mais um ensinamento: “Não saia apertando o automático e dizendo que é fotógrafo. Tenha atitude, sem medo de errar, de fazer o que você pensa. Crie seu próprio conceito”.
Conta que às vezes pensa no ângulo, mas muita coisa sai no feeling, como pulo e careta. “Perde muito tempo se fica esperando uma pose.” Diz que é difícil ser original, já que tudo tem ligação com alguma coisa, está sempre com as mesmas bandas, “as vezes os integrantes usam a mesma roupa em três shows consecutivos.” E complementa “Igual nunca vai ser, vai ser parecido”.
E finaliza: “A fotografia é o dom de você eternizar, passar uma energia, você mostra a energia do momento”.

Entrevista da MP com o Luringa


Lourenço Fabrino, mais conhecido como Luringa, é um dos nomes mais conhecidos da fotografia de rock no Brasil. Diferente de outros que migram para a música, desde quando começou a fotografar, seu trabalho sempre foi voltado para bandas, depois de decobrir que fazia isso muito bem quase por acaso, quando levou uma câmera para um show e nunca mais parou. Marketeiro de formação e de alma, o cara ouve Mars Volta e Slipknot, e lança agora a Pexera Produções, especializada em comunicação visual para bandas, como fotografia, web e clipes (é dele Eu Sei, do Fresno). Tivemos a oportunidade de conversar (e dar algumas risadas) com ele e o resultado você confere aí embaixo, em meio às suas fotos.

Música Pavê: Como você começou a tirar fotos de rock?
Luringa: Eu sempre soube que eu queria trabalhar com música. Bom, quando eu era criança, eu queria ser cientista. Mas aí, eu vi que ia ter que estudar muito e desencanei (risos). Aí eu quis fazer música pra ganhar dinheiro viajando, ficando em hotéis e tocando. Tive várias bandas, mas – não sei porquê- nenhuma banda comigo dava certo (risos) e eu pensei “tenho que ficar no meio da música, mesmo sem ser da banda” e vi que a fotografia me dava isso.

MP: E como foi que você percebeu que “tinha nascido” pra fazer fotos?
Luringa: Olha, eu sempre gostei de foto e a música foi um pretexto pra isso. Eu tinha uma vida dupla pra garantir a grana (trabalhava em um jornal e, depois, em um site) e às vezes nem recebia pelo trabalho com as bandas, era mais um lance pra divulgar meu nome, porque reparei que naquela época nem todo mundo tinha equipamento. Era um nicho, não tinha ninguém fazendo essa parada, e eu resolvi investir.

MP: Quais as características que você mais preza que suas fotos tenham?
Luringa: Na verdade, eu penso não em seguir alguma característica, tento não me prender em algum método nem copiar um estilo de um fotografo que eu admire (ate porque não admiro tantos fotógrafos assim)(risos). Eu vejo mtos fotógrafos fazendo isso, mas eu quero que se foda, eu tiro foto do jeito que fica legal pra mim (risos). Sou meio egoísta pra minha arte. Foto, pra mim, é arte e não tem certo ou errado, bom ou ruim, questões artísticas não são para serem discutidas assim, não me prendo muito nisso. Tento passar o máximo da energia do momento e é o que a galera vê nas fotos e se identifica com as imagens. Mas eu não tenho um método, eu tenho é uns esquemas de posicionamento, já que eu conheço bem as bandas, eu consigo prever algumas coisas e me preparao pra elas, mas isso um fotografo que trabalhe há tempos com uma banda acaba tendo. Mas não tenho método ou linguagem especificas, tento registrar o que tô vendo ali na hora.

MP: É diferente fotografar o rock underground e o rock mainstream?
Luringa: Cara, o que muda é a estrutura. Fotografar o show de uma banda grande é tecnicamente melhor porque é mais fácil fotografar em uma estrutura de uma casa de shows do que em um barzinho de rock. Sempre tive acesso muito fácil nos dois e tanto o underground quanto o mainstream tem as suas gratidões e ingratidões, mas o que muda mesmo é só a estrutura.

MP: E onde você quer chegar com a sua fotografia?
Luringa: Quero fazer uma foto com todas as gostosas do mundo ao mesmo tempo e, se possível, eu com elas na foto! (risos) Na real, quero chegar no meu ponto máximo de inspiração, se é que isso existe. Não pretendo revolucionar um conceito nem virar garoto-propaganda de câmera, mas o máximo de liberdade que eu puder ter no meu trabalho e com quem eu trabalhar, melhor.



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